Triste atualização sobre o casal com Síndrome de Down que se amou incondicionalmente por 25 anos
Abr 30, 2019 by apost team
Kris e Paul Scharoun-DeForge viveram uma história de Romeu e Julieta da vida real. Um amor proibido, ou melhor, nada convencional. Embora suas famílias não tenham feito oposição, a sociedade, em geral, costuma ver as pessoas com Síndrome de Down como incapazes de ter um relacionamento romântico maduro, muito menos um casamento de mais de duas décadas.
Esses dois superaram todos os obstáculos e provaram que o amor não tem limites.
O amor não cabe em uma caixa organizadora
O amor é mais do que uma simples palavra. Vai além de um estado emocional. Não, o amor é um gesto. É uma força. Ele leva as pessoas a fazerem coisas inacreditáveis e a superarem obstáculos inimagináveis. Algo tão maravilhoso não pode simplesmente ser etiquetado, colocado em uma caixa e guardado em uma prateleira.
Nada é capaz de comprovar isso melhor do que a história de amor entre Kris e Paul Scharoun-DeForge, ambos diagnosticados com Síndrome de Down durante a infância. Os dois pombinhos se conheceram há mais de 30 anos, em um baile. A conexão e a atração foram imediatas.
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Tempos depois, Kris diria que Paul abriu seu mundo e que tinha visto o seu futuro nos olhos dele naquela fatídica noite do baile.
Cinco anos mais tarde, em 1994, os dois se casaram. A união durou 25 anos e, talvez, seja a mais longa entre todos os casais com Síndrome de Down. Ao longo desse período, Kris e Paul se tornaram figuras públicas e pavimentaram o caminho para mudar o conceito sobre as pessoas nascidas com atraso no desenvolvimento. A história de amor deles desafiou as probabilidades e mostrou ao mundo que os deficientes podem e devem ter relacionamentos amorosos significativos.
Paul se formou no ensino médio, teve vários empregos, sabia usar o transporte público, e foi até homenageado como Pessoa do Ano de 2013 pela associação ARC of Onondaga. Infelizmente, nos últimos anos, ele desenvolveu Mal de Alzheimer e demência em estágio inicial, uma enfermidade que afeta a comunidade Down em processo de envelhecimento. Com o apoio de seus entes queridos, Kris apelou ao Estado para permitir que ela e o marido permanecessem morando no apartamento deles em Syracuse, Estados Unidos, com o auxílio de uma equipe especializada para lidar com o estágio inicial da doença. Depois de um tempo, a saúde de Paul piorou tanto que o casal teve que separar.
Ele precisou de cuidados intensivos e foi transferido para uma residência comunitária. Os dois se viam sempre que possível, e aproveitaram ao máximo o que acabaria sendo seus últimos meses juntos.
Um final agridoce
Kris estava se recuperando de sua própria luta contra uma pneumonia no Upstate University Hospital, em Syracuse, quando Paul apareceu para celebrar o aniversário de 25 anos da união. Embora os dois estivessem em cadeiras de rodas, a dupla dinâmica renovou seus votos de casamento na capela do hospital. Seis meses mais tarde, eles comemoram o Dia dos Namorados juntos, com uma visita surpresa do coral Harmony Katz. Kris envolveu os braços ao redor do marido e absorveu as letras de músicas como “Let Me Call You Sweetheart”. Essa seria a sua última data comemorativa juntos. A esposa desenhou uma linda borboleta para pendurar na cama de Paul. Ela também escreveu um bilhete para dizer que ele era o homem da sua vida.
Aos 56 anos, Paul morreu apenas dois meses depois do Dia dos Namorados, em virtude de complicações da demência/Alzheimer. Agora, aos 59 anos, Kris ficou viúva. Contudo, sua história permanecerá viva, como uma inspiração para pavimentar o caminho para o amor em todos os lugares.
Você conhece alguém que tenha uma história de amor diferente? Ou será que você viveu algo assim? Conte para a gente suas histórias, opiniões e questionamentos na seção de comentários. Não se esqueça de repassar a história para que ela continue a ser uma inspiração para as pessoas e mostre que o amor realmente pode conquistar tudo.