Coisas que ninguém diz sobre o luto
Mar 01, 2018 by apost team
Todos pensam que o luto é apenas algo que acontece imediatamente após a perda de um ente querido. É quase um sinônimo de morte ou perda, como se os dois conceitos tivessem o mesmo significado. Mas o sofrimento do luto não é apenas perder alguém que você ama. É como estar preso em uma memória sem realmente perceber.


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O luto não se encaixa em simplesmente em qualquer categoria. Você pode sofrer alguns meses, ter um momento de revelação ou passar anos tentando superar isso. O luto também não some de uma hora para outra. Há momentos em que esquecemos completamente e, em seguida, volta tudo à mente, arrastando-nos para dentro daquela memória. É intransigente, persistente no cotidiano além de exigir que prestemos atenção nisso. Mesmo que você tente fazer as tarefas do dia, ou quando vai para a cama, ou quando acorda, o luto tenta ficar ao seu lado.
O luto é como o convidado que chegou para consolar, mas não quer ir embora. Ele não decide que já passou tempo suficiente e que você já pode seguir em frente.

Todo mundo sabe que a morte -seja de um animal de estimação ou de um ser humano- causa dor. O fim das relações românticas é outro motivo comum de sofrer. Mas o sofrimento também pode ser causado por:
-divórcio
-infertilidade
-desemprego
-perda de uma oportunidade de carreira
-doença crônica
-brigas de família
-sonhos não realizados
-solidão no envelhecimento
-perda de um amigo
Existe uma maneira de lidar com isso? Claro, mas você tem que escolher passar por isso. Enquanto algumas coisas são tão devastadoras que ninguém pode nos culpar por ficarmos presos a esse vai e vem de memória, existem quatro maneiras de começar a trabalhar para aliviar seu sofrimento.

Primeiro, você deve ENTENDER que está realmente sofrendo. Seu coração está triste, mesmo que sua vida exterior diga o contrário.
O luto não é um processo linear; nem sempre há uma maneira clara de lidar com isso. Você pode sofrer uma semana, seis meses ou três anos, isso não é causará uma reflexão sobre você. Quando você entende que está sofrendo, e começa a identificar maturamente o que realmente aconteceu (ou não), aí está um ponto em que você precisa se concentrar.
Então, você precisa RECONHECER que não está fazenddo teatro ou sendo melodramático. Você está apenas necessitando desse tempo de reflexão.
Algo aconteceu (ou não) e está causando este sofrimento em você. Por que você se sente machucada? O que você perdeu? Você sente algo pesado? Por quê? Você precisa fazer perguntas para encontrar as respostas, e essas respostas irão ajudar a descobrir como superar o luto.

É doloroso, mas você tem que TOCAR no seu sofrimento. Você deve olhar para o que perdeu (ou não ganhou) e examinar.
E então você tem que se deixar sentir. Pode parecer um passo para trás, permitindo que toda a dor se aumente. Mas não há como superar o sofrimento sem deixar-se realmente sentir tudo. Você tem que pensar nisso como uma camisa - segure-a, sinta o tecido, o tamanho. Se você não sabe o que foi realmente a sua perda, ainda não poderá se livrar do sofrimento que ela causa. Ou você lida com isso ou estará sempre preso à essa memória, lidando com isso sempre que o pensamento ressurge.
Depois desse passo, você precisará MOVER. Mova-se através do sofrimento, veja quais sentimentos ele realmente causa a você e como isso afeta o seu comportamento. Veja como isso interfere na sua vida diária e trabalhe através dos sentimentos até que você possa realmente seguir em frente, mover-se.

A hora mais escura é aquela antes do amanhecer, e isso nunca foi mais verdadeiro do que quando lidamos com o sofrimento. Você tem que entender que está sofrendo, reconhecer o que causou isso, tocar seu sofrimento completamente e depois passar por ele para encontrar o outro lado.
Seu sofrimento é apenas seu, então só você saberá dizer se está pronto ou superou. Se você ainda não passou por isso, tudo bem. Passar por qualquer tipo de sofrimento é um processo assustador, então não tenha medo de procurar ajuda profissional. Você não precisa lidar com a sua dor sozinha.