Grávida por substituição carrega gêmeos para casal e descobre após o nascimento que um deles é biologicamente dela

Jun 23, 2021

Uma mãe na Califórnia (EUA) decidiu ajudar outras pessoas e se inscreveu para disponibilizar seu útero de maneira temporária (gravidez por substituição/"barriga de aluguel"). Jessica Allen já tinha uma linda família própria com o esposo e seus dois filhos, então ela decidiu que queria ajudar a fazer outros casais felizes — aqueles que não podiam ou optaram por não conceber por conta própria. Depois de escolher ser mãe substituta e encontrar um casal, o embrião foi implantado com sucesso, mas algo estranho aconteceu algumas semanas depois, que mudaria sua vida para sempre.

Em 2016, descobriu-se que Allen estava grávida de gêmeos, o que era inesperado. Ela já estava recebendo uma gratificação da família para a qual estava fazendo a substituição e eles aumentaram o valor quando souberam que seriam dois bebês em vez de apenas um. Allen seguiu com o processo de boa vontade e deu à luz aos bebês em 12 de dezembro de 2016 no Riverside Community Hospital, numa cesariana. Apenas um mês depois, ela se deparou com mais uma reviravolta na história quando recebeu outra notícia inesperada.

Na verdade, apenas um dos bebês pertencia biologicamente ao outro casal. Allen e seu esposo, Wardell Jasper, conceberam outra criança juntos enquanto ela estava grávida com a gestação por substituição, o que significa que o segundo bebê era biologicamente deles. O que eles achavam que eram gêmeos eram, de fato, dois bebês separados, com DNA completamente diferente. Houve então uma batalha de custódia, em que Allen lutou para trazer seu neném biológico de volta para casa e completar sua linda família.

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A luta por seu bebê

Durante uma entrevista ao New York Post, Allen se abriu sobre o dia em que deu à luz ao que ela achava ser uma dupla de gêmeos idênticos e as muitas reviravoltas e complicações que se seguiram. "Estava escrito no meu contrato de US$ 35.000 (R$ 175.000) que eu poderia ter uma hora com os recém-nascidos antes que eles tivessem alta da maternidade", explicou Allen. No entanto, os pais biológicos com quem foi feito o acordo não permitiram o encontro e ela só pôde ver uma foto dos bebês. Foi quando Allen percebeu que eles não se pareciam.

Acontece que as diferenças iam muito além da aparência. O New York Post informou que os dois bebês, na verdade, não eram gêmeos, mas sim dois bebês com DNA e conjunto de pais diferentes. Um bebê era biologicamente de Allen e Jasper, enquanto o outro era biologicamente do outro casal.

Allen tinha usado fertilização in vitro para engravidar do filho do outro casal, mas tinha concebido o seu próprio neném naturalmente durante a gestação. O Good Morning America relata que esse fenômeno raro é chamado de superfetação, que ocorre quando uma mulher continua a ovular após engravidar, podendo engravidar novamente e ter dois bebês com idades gestacionais diferentes. Nesse caso, eles também tinham pais diferentes.

"Eu carreguei meu próprio filho e não sabia que ele era meu", disse Allen emocionada ao Good Morning America. Como um dos bebês era biologicamente dela, Allen começou uma batalha de custódia para levá-lo de volta para casa com ela. O site News24 informou que a mãe pagou o outro casal entre US$ 18.000 (R$ 90.000) e US$ 22.000 (R$ 110.000) como "indenização", mas foi capaz de obter a custódia legal total de seu filho em fevereiro de 2017, tornando sua família inteira mais uma vez.

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Antes de ganhar a custódia de seu filho, Allen disse à CBC News:

"Este é um tipo de dor que você nunca vai superar porque eles roubaram algo de mim que eu nunca poderei recuperar."

Segundo o New York Post, Allen até renomeou seu filho quando ela finalmente o recuperou:

"E, assim, em 5 de fevereiro, eu finalmente me encontrei com uma assistente social em um estacionamento da Starbucks em Menifee, Califórnia, onde ela entregou nosso filho, a quem agora chamamos de Malachi."

Allen ficou extremamente emocionada quando recuperou a custódia do filho. Disse ela:

"O momento foi incrivelmente sentimental, e comecei a abraçar e beijar meu filho. Já se passaram quase nove meses desde que pegamos Malachi, e ele está indo bem. Ele é lindo. Ele é saudável e tem uma personalidade hilária. Ele ama seus irmãos mais velhos, está aprendendo a andar e está começando a falar."

Allen continuou, explicando que ela e o marido não estavam realmente planejando ter outro filho, como ela disse ao New York Post:

"Wardell e eu, que nos casamos em abril, não estávamos planejando expandir nossa família tão cedo, mas amamos Malachi com todo o nosso coração. Não me arrependo de ter cedido meu útero, pois isso significaria me arrepender do meu filho. Só espero que outras mulheres que considerem a gravidez por substituição possam aprender com a minha história. E que um bem maior resultou desse pesadelo."

De acordo com o site Legalize Surrogacy, o processo judicial disse o seguinte:

"Os danos foram causados pelos réus, e Jessica, Wardell e, acima de tudo, Malachi agora precisam viver com as consequências duradouras dos erros dos réus contra eles."

O que você achou desse caso tão incomum? Conte pra nós, e lembre-se de compartilhar com seus familiares e amigos para descobrir o que eles acham também.

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