Gêmeos deram abraço que salvou suas vidas dentro do útero e continuaram a se abraçar após o nascimento

Abr 24, 2022

A relação entre gêmeos é um vínculo único que não se encontra em nenhum outro lugar. Estas crianças compartilham o útero da mãe e se desenvolvem em uníssono durante toda a gravidez.

Não é de se admirar que os gêmeos permaneçam próximos mesmo após o nascimento e alguns recém-nascidos queiram estar o máximo possível ao lado de seu gêmeo, porque é o que eles se lembram. Isto foi verdade para um par de gêmeos recém-nascidos que receberam um banho especial alguns dias após o nascimento e não puderam parar de se abraçar e segurar um ao outro enquanto desfrutavam da água.

Em um vídeo postado em 2013, uma mulher cuida dos dois recém-nascidos enquanto joga água sobre eles. Esta técnica especial de banho é chamada de Thalasso Baby Bath, e foi inventada por Sonia Rochel. Rochel é uma enfermeira da maternidade em Paris, França. Ela compartilhou que os gêmeos vistos no vídeo são um menino e uma menina e eles reagiram à água como se estivessem no útero novamente e nunca mais largaram seu irmão durante toda a experiência.

Rochel inventou a técnica de passar água sobre a cabeça de um bebê com os olhos fechados e a boca e o nariz acima da água para que eles pudessem respirar. Ela descobriu que, assim que os bebês sentiram a água, reagiram como se estivessem de volta ao útero, e para os gêmeos no vídeo isso significava segurar um ao outro novamente. Rochel também mencionou que o banho Thalasso é apenas para bebês com menos de dois meses de idade e advertiu que os pais não deveriam tentar duplicá-lo em casa.

Outros gêmeos ficaram muito próximos depois que se descobriram que compartilhavam o mesmo saco amniótico. Isso significava que os bebês corriam grande risco de um dos cordões umbilicais se enrolar no pescoço devido à falta de espaço. A mãe, Vicky Plowright, compartilhou:

"No espaço de uma hora eu descobri que estávamos esperando gêmeos, mas que eles poderiam estar em perigo. Foi uma tortura, pensar que poderíamos perdê-los a qualquer momento".

Felizmente, no exame de 12 semanas, um ultrassonografista especialista viu que os gêmeos haviam se abraçado para salvar vidas. Vicky e seu marido Chris ficaram emocionados. No monitor, eles podiam ver seus dois bebês abraçados em um abraço apertado e de mãos dadas. Esta posição preciosa também estava mantendo os gêmeos seguros. "Ao ficar parados nessa posição, eles impediram que cordões umbilicais ficassem fatalmente emaranhados", Vicky disse. "Foi realmente um milagre";

Durante o resto da gravidez, Vicky e Chris ficaram apavorados com a possibilidade dos bebês se mexerem e potencialmente serem estrangulados. Vicky explicou, "Eu não senti que poderia ficar animada, porque estava tão preocupada que seríamos informados em cada exame que nossos gêmeos não haviam sobrevivido".

Quando um dos gêmeos parou de crescer devido à falta de espaço, os médicos decidiram que era melhor fazer o parto dos bebês com 32 semanas. Eles nasceram em 2015 e são saudáveis ​​e se aproximaram ainda mais. "Eles são os melhores amigos", Vicky disse. "Antes mesmo de conhecerem o mundo, eles se conheceram e cresceram juntos em um espaço tão pequeno que eu sabia que eles teriam um vínculo especial pelo resto de suas vidas".

Os gêmeos vistos no vídeo do banho provavelmente estavam próximos no útero também devido ao desejo de abraçar um ao outro. Em um ponto do vídeo, os bebês se afastam um pouco e estendem a mão descontroladamente até ficarem juntos novamente. É muito carinhoso e esperamos que esses irmãos sempre queiram estar conectados.

Pesquisadores de Umberto Castiello da Universidade de Pádua na Itália estudou vídeos 3D de gêmeos no útero da mãe em 2011. Eles descobriram: "Às 14 semanas de gestação, gêmeos foram vistos se abraçando. Com 18 semanas, eles se tocavam com mais frequência do que a si mesmos. As análises cinemáticas das gravações revelaram que os gêmeos faziam gestos distintos um para o outro e eram tão gentis com a delicada área dos olhos do outro gêmeo quanto quando tocavam os seus próprios."

O Huffington Post relata que cerca de 25% dos gêmeos se desenvolvem de frente um para o outro no útero e isso os faz se desenvolver como um reflexo do outro. Eles explicaram: "Eles podem ser destros e canhotos, ter marcas de nascença em lados opostos do corpo ou ter espirais de cabelo que giram em direções opostas".

Um equívoco comum é que gêmeos idênticos têm as mesmas impressões digitais. No entanto, à medida que se desenvolvem no útero, suas impressões digitais mudam. O Huffington Post explicou: "Quando gêmeos idênticos são concebidos, eles começam com as mesmas impressões digitais, mas durante as semanas 6 a 13 da gravidez, quando os bebês começam a se mover, cada um deles toca o saco amniótico, e sulcos e linhas únicas são formados na mão de cada gêmeo, resultando em impressões digitais diferentes."

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